Incontinência fecal em idosos
Incontinência fecal é uma alteração funcional que leva à eliminação involuntária das fezes podendo gerar insegurança, perda da auto-estima, angústia, depressão, transtornos físicos, mentais e sociais. (GUEDES; OLIVEIRA; QUINTÃO, 2010). Existem diferentes graus de incontinência fecal: desde a fuga involuntária de gases à perda de fezes sólidas. Segundo Leite (2010) os indivíduos apresentam três tipos de queixas dominantes: a verificação de sujidade perianal e na roupa interior (fecal seepage), a perda fecal inconsciente (incontinência passiva) ou a incapacidade de impedir a vontade de defecar (incontinência com urgência). Frequentemente apresentam queixas associadas, incontinência passiva com a urgência. É uma condição comum, que pode interferir negativamente na qualidade de vida dos idosos e abrange grande parte das decisões de internação em instituições geriátricas, com incidência de até 32% dos idosos. Atinge ambos os sexos, mas estudos apontam o sexo feminino como o mais susceptível a desenvolver incontinência fecal devido às lesões traumáticas relacionadas a causas obstétricas.
A ação integrada da musculatura esfincteriana anal e dos músculos do assoalho pélvico, aliada à presença do reflexo inibitório reto anal, da consistência das fezes e do tempo de trânsito intestinal, são fatores dos quais depende o funcionamento normal do intestino. Entretanto, há uma série de condições clínicas que podem afetar esses mecanismos, tais como diarreias, diabetes, doenças autoimunes, síndrome do cólon irritável, doenças inflamatórias intestinais, proctite de radiação, entre outros, que podem gerar incontinência. Além disso, é possível observar, nos idosos, situações de impactação fecal, fator que pode causar laceração do músculo e incontinência por extravasamento (GUEDES; OLIVEIRA; QUINTÃO, 2010, p. 192)
As causas da incontinência fecal são diversas, e podem incluir além das descritas acima,