inconfidencia mineira
A Inconfidência Mineira foi uma revolta ocorrida em 1789, no interior de Minas Gerais, Brasil, contra o domínio português.
Na segunda metade do século XVIII a coroa portuguesa intensificou sua opressão contra o Brasil, proibindo, em 1785, as atividades fabris e artesanais na colônia e impondo altos preços aos produtos vindos da metrópole. Em 1783 fora nomeado para governador da capitania de Minas Gerais Dom Luís da Cunha Meneses, distinto pela sua arbitrariedade e violência. Somando-se a isto, em Minas Gerais, as jazidas de ouro começavam a se esgotar, fato desconsiderado pela coroa que taxaria ainda mais a região em 100 arrobas de ouro (1500kg) anuais.
Estes fatos atingiram expressivamente as classes abastadas de Minas Gerais que, descontentes, começaram a se reunir e discutir as necessidades de independência do Brasil e do estabelecimento da República inspirados pelas idéias iluministas da França e da recente independência norte-americana.
Reuniões também aconteceram em casa de Cláudio e de Gonzaga, onde se discutiram leis para a nova ordem, planos econômicos e foi desenhada a bandeira da nova república, cujo dístico fora aproveitado de parte de um verso da primeira égloga de Virgílio e que os poetas inconfidentes traduziram do latim como "liberdade ainda que tardia".
A partir de maio de 1789 os líderes do movimento foram presos e enviados para o Rio de Janeiro onde responderam pelo crime de inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Todos negaram sua participação no movimento, menos Joaquim José da Silva Xavier, o alferes conhecido como Tiradentes, que assumiu a responsabilidade de liderar o movimento. Após decreto de D. Maria I é revogada a pena de morte dos inconfidentes, exceto a de Tiradentes. Alguns tem a pena transformada em prisão temporária, outros em prisão perpétua. Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão, onde provavelmente foi assassinado. Já o inconfidente José Ayres Gomes, Coronel, foi