Inclusão social
CURITIBA – 2003
Este artigo propõe-se a fazer uma revisão bibliográfica sobre os aspectos neuropsicológicos na criança com síndrome de Down, procurando descrever sua a estrutura e funcionamento cerebral, correlacionando-os aos processos de aprendizagem. O tema foi escolhido considerando a pouca produção teórica sobre o assunto em português e atendendo a relevância para os vários profissionais que se envolvem com a estimulação e escolarização dessas crianças. Sabe-se que o sistema nervoso na síndrome de Down apresenta alterações difusas, que resultam em disfunções neurológicas variando quanto à forma de manifestação e intensidade. O cérebro de um indivíduo normal possui uma organização complexa que não depende unicamente de uma área, mas da ação de diversas regiões conectadas entre si, para o bom funcionamento do mesmo. Cada área é responsável por uma ou mais atividades que contribuem de modo específico para uma função particular. Toda a aprendizagem requer o funcionamento dos mecanismos capazes de receber as informações através dos sentidos, para depois reter, relacionar e manter disponível para sua utilização. A revisão da literatura possibilita uma reorganização da prática tanto pedagógica quanto terapêutica, uma vez que quanto mais conhecemos sobre a organização e funcionamento cerebral, mais específica será solicitação do meio, atendendo as particularidades dessa clientela que possui potencial a ser desenvolvido, mas que depende de estímulo específico para que tenha um avanço constante.
Palavras-chave: Síndrome de Down; Aprendizagem; Neuropsicologia.
Caracterizada pela primeira vez pelo Médico John Longdon Down no ano de 1866 esta síndrome recebeu como primeira denominação, a de "mongolian idiots" devido a alguns traços característicos das pessoas portadoras. Naquela época, o Dr. Down acreditava que a síndrome representava uma regressão, por degeneração, a uma raça primitiva no caso os