INCLUSÃO DO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO

1 ) INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda o processo de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho; os preconceitos e dificuldades por elas enfrentados, abordando a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre o apoio a essas pessoas e à integração social; a Lei 8.213 de 24 de julho de 1991, que trata das cotas para contratação delas nas empresas e a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que além dos princípios da igualdade e da dignidade da pessoa humana, também trata das pessoas com deficiência. Ao se falar da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, faz-se necessário alguns esclarecimentos. A palavra “deficiência” é uma derivação da palavra latina defficiens, que é a junção do prefixo de negação de + efficere (resolver, realizar, cumprir). Logo, seu sentido pode ser utilizado para designar alguém incapaz de realizar determinadas tarefas. A palavra serve para estereotipar um determinado grupo de pessoas, sejam elas com deficiência física ou mental. Entretanto, por conta dos nossos avaros cognitivos, e por conta de uma humanidade já historicamente preconceituosa, as pessoas com deficiências eram vistas como um fardo para sociedade, dividindo nossos sentimentos entre a pena e a repulsa, por atribuir às causas da deficiência, uma punição divina sem uma maior análise crítica de seus próprios pensamentos. Na era pré-cristã, a deficiência era negligenciada e não havia nenhum tipo de atendimento. As pessoas com deficiência eram abandonadas e excluídas com o devido aval da sociedade, que considerava essas ações normais. Na era cristã, o tratamento variava segundo as concepções de caridade ou castigo. Nos séculos XVIII e meados do século XIX, havia a segregação em instituições residenciais. No final do século XIX e início do século XX, os principais movimentos de conscientização e inclusão começaram a surgir fortemente durante a 1ª Grande Guerra Mundial, quando alguns países europeus começaram a