Imunologia
A espondilite anquilosante afeta tipicamente o esqueleto axial, embora também possa ocorrer artropatia periférica. Os homens geralmente com menos de 40 anos de idade, são três vezes mais acometidos do que as mulheres. Cerca de 90% dos pacientes são positivos para HLA-B27, enquanto a prevalência deste antígeno na população geral é de 7%. Dos indivíduos adultos HLA-B27-positivos, 1%-2% apresentam espondilite anquilosante (AS – ankylosing spondylitis). A espondilite anquilosante exibe agregação familiar; a concordância em gêmeos monozigóticos é de aproximadamente 60%, indicando a participação de fatores genéticos quanto ambientais. A lesão da sacroileíte – primeira manifestação da doença – caracteriza-se por tecido de granulação subcondral contendo um infiltrado inflamatório principalmente de células mononucleares. Verifica-se, também a presença de granulação inflamatória na coluna, na junção do anel fibroso com o osso vertebral. As fibras externas são substituídas por osso; estas excrescências ósseas (sindesmófitos) acabam unindo os corpos vertebrais, resultando no quadro radiológico de “coluna de bambu”. Nas articulações periféricas, a inflamação é semelhante à artrite reumatoide, porém menos acentuada. Observando-se alterações inflamatórias inespecíficas na íris de 20% dos pacientes com uveíte. A doença começa com início insidioso de dor na região lombar inferior e rigidez, geralmente mais intensa pela manhã. As manifestações incluem dor na compressão das articulações sacroilíacas e espasmo dos músculos paravertebrais. Os achados na doença avançada incluem anquilose das articulações sacroilíacas e coluna, com perda da lordose lombar, acentuada cifose dorsocervical e diminuição da expansão toráxica. A artrite periférica, quando presente, geralmente afeta os ombros ou os quadris. Em 25% dos pacientes ocorre também irite ou iridociclite. Em 10% verifica-se a presença de cardite, com ou sem aortite, e alguns pacientes desenvolvem