Imunologia

Interacções anticorpo-antigénio – são muito importantes na bioquímica, imunologia e biologia celular pois estão na base de uma série de técnicas muito importantes que permitem purificar proteínas; visualizá-las in situ (verificando se há co-localização de macromoléculas): imunohistocitoquímica; quantificar uma determinada macromolécula, determinar o fenótipo de uma determinada célula (macromoléculas com expressão característica num deternminado tipo de células), por exemplo: • As células T auxiliares (TH) virgens (ainda não encontraram o antigénio específico) podem ser descritas com o seguinte fenótipo: CD3+ TCR((+ CD4+ CD8-; TCR é o receptor membranar da célula T que pode ser constituído por 2 péptidos: um dímero (( ou (β, neste caso é ((. Esta célula também expressa o complexo CD3 e o monómero membranar CD4 e não expressa CD8. • No caso das células TH imaturas, que originam as acima referidas, a nível do timo, elas são: CD3+ TCR((+ CD4+ CD8+; • No caso das células pré- TH, que originam as TH imaturas, elas são: CD3+ TCR((+ CD4- CD8-; Podemos assim caracterizar uma célula de acordo com as proteínas membranares que ela expressa ou não expressa. Portanto, é importante conhecer o fenótipo de uma determinada célula, pois conhecendo o fenótipo podemos saber em que estadio de diferenciação a célula analisada está. Esta análise pode ser feita por uma técnica que se baseia nas interacções anticorpo-antigénio que é a citometria de fluxo.

Anticorpo = Ab = Imunoglobulina = Ig – complexo proteíco, produzido pelos linfócitos B, que apresenta afinidade para um antigénio (Ag) específico (em geral). Pode ser segregado ou ficar associado à membrana. É composto por 4 subuinidades: 2 cadeias pesadas (H) e 2 leves (L). Em cada Ab as 2 cadeias pesadas são iguais entre si, assim como as 2 cadeias. Tanto as cadeias pesadas como as cadeias leves apresentam regiões constantes C-terminais (não variam entre cada tipo de cadeia pesada/leve) e variáveis N-terminais