Imunofluorescência
A deteção de ligações antigénio anticorpo tem um papel muito importante para o diagnóstico de determinadas doenças, como por exemplo na deteção do vírus da sida (HIV). Para que seja possível a deteção dessas ligações foi criado o método de imunofluorescência. Métodos de Imunofluorescência é o nome dado aos procedimentos de imumocitoquímica que utilizam como substâncias propiciadoras da visualização do antigénio as moléculas fluorescentes (fluorocromos). As técnicas de imunofluorescência foram introduzidas por Albert Coons e pelos seus colaboradores em 1940. No entanto, apenas apartir de 1990 é a que a técnica começou a ser utilizada na identificação de patologias
A interacção antigénio/anticorpo é bimolecular sendo semelhante às interacções enzima/substrato. No entanto, têm uma diferença: a ligação antigénio/anticorpo é reversível enquanto a ligação enzima/substrato é irreversível. As ligações antigénio/anticorpo envolvem interacções não covalentes entre o determinante antigénico (epítopo) do antigénio e com a região variável do anticorpo. As ligações atg-atc estabelecem interacções não covalentes (ligações por pontes de hidrogénio, iónicas, hidrofóbicas e de Van der Walls). No entanto estas interacções são individualmente fracas quando comparadas com ligações covalentes. Assim, para que a ligação atg-atc seja forte são necessárias muitas das interacções não covalentes. Além disso, cada uma destas interacções ocorre numa distância curta. Consequentemente, uma interacção atg-atc forte depende de uma ligação próxima. Desta forma, é necessário uma grande complementaridade entre atg e atc (especificidade das interacções atg-atc).A especificidade de ligações antigénio/anticorpo conduziu ao desenvolvimento de ensaios imunológicos que podem ser utilizados para detectar a presença do antigénio ou do anticorpo.
Os ensaios imunológicos têm um papel importante no diagnóstico de doenças e na identificação de moléculas de