Medicina Veterinaria
ARTIGODE REVISÃO
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Imuno-Histoquímica: aplicações em patologia oral
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João Cados BacarellP
RESUMO
o presente artigo de revisão, destina-se a profissionaisda área de saúde, particularmente
odontólogos.
Visafornecer um panorama do empregode métodos imuno-histoquímicos em patologia oral, que cada dia mais estão sendo utilizados na pesquisa e no diagnóstico oncológico.
Unitermos: Imunohistoquímica, patologia bucal, antígenos.
INTRODUÇÃO
Imunologia: origem
A imunologia iniciou-se como parte da microbiologia, desenvolvendo-se a partir de doenças infecciosas e das respostas do organismo às mesmas.
Ao longo dos tempos, apresentou diversas fases com ênfase na sorologia, na imunologia celular, na imunologia molecular e na imunogenética.
A imunologia sempre dependeu e estimulou a aplicação de tecnologia como o uso da microscopia, eletroforese, marcação por meio de rádio-isótopos e enzimas, imunofluorescência, recombinação de DNA e camundongos transgênicos. Engloba ainda, vários campos, tais como a alergia, imunologia clínica, imunopatologia, imunofarmacologia, imunohistoquímica, imunologia tumoral e transplantesl6.
Imuno-histoquímica
A imuno-histoquímica é um método que pode ser aplicado em cortes histológicos e em preparados
citológicos.
Baseia-se no reconhecimento de determinados antígenos por anticorpos marcados.
O princípio de todos os métodos imunohistoquímicos é a identificação de antígenos (Ag) celulares ou teciduais, por uma reação antígeno anticorpo (Ag - Ac) "in situ".
Essa reação é visualizada por moléculas reveladoras, tais como fluorocromos, enzimas e partículas de ouro coloidal ou pelos vários sistemas de detecção que abordaremos a seguir.
Imunofluorescência
Entre as formas de detecção dos antígenos teciduais temos a imunofluorescência.
A microscopia de imunoflorescência foi introduzida, em 1941, por A. H. COONS et a1.5e baseia-se em anticorpos marcados com corantes fluorescentes, ou seja