Império napoleônico
Vitórias militares, estabilização econômica, garantias aos camponeses, patriotismo e propaganda política. Napoleão ganhava o apoio popular, como muitas vezes acontece no começo das ditaduras. Assim, em 1804, um plebiscito o aclamava imperador da França.
Os países absolutistas ainda viam Bonaparte como um revolucionário ameaçador. A Inglaterra, do lado deles, não queria saber de potências rivais. Novamente haveria guerra. Mais uma vez Napoleão levaria a melhor. Os exércitos franceses foram batendo os inimigos um a um e avançando com voracidade sobre os países europeus. Os Estados alemães viram o antigo Sacro Império Romano-Germanico desaparecer e dar lugar a Confederação do Reno, submetida a Paris. Itália, Bélgica, Holanda, Espanha e Portugal, até 1812, iriam cair sob o controle do império napoleônico.
As invasões napoleônicas provocavam um enorme agito por onde passavam, pois elas não levavam somente armas e soldados como também leis e novos ideais.
Na Europa continental os exércitos franceses eram invencíveis. Todavia, no mar a coisa era diferente. Desde 1805 que a marinha francesa, aliada a espanhola, tinha sido aniquilada pelos ingleses comandados pelo almirante Nelson, na celebre batalha naval de Trafalgar. Em 1806, Napoleão decretou o bloqueio continental, que forçava os países a não comercializar com a Inglaterra.
O império francês não durou muito tempo. As contradições e as fraquezas eram muitas.
O bloqueio continental não deu certo. No começo, bem que prejudicou a inimiga, mas a Inglaterra conseguiu montar um ótimo sistema de contrabando que lhe garantia os mercados europeus. Afinal, a indústria francesa era inferior a inglesa, e não conseguia atender a Europa toda.
Outro problema era o domínio imperial francês. Os países europeus eram muitas vezes tratados como simples colônias, tendo que fornecer matérias-primas, pagar tributos e comprar manufaturados franceses, enquanto seus produtos não podiam ser vendidos na