Império Carolíngio - apogeu e declínio: Pepino, Carlos Magno e as invasões bárbaras
De qualquer modo, foi sob o comando de Carlos Martel, e sua inequívoca liderança sobre os guerreiros francos, que estes conseguiram derrotar os árabes na batalha de Poitiers, em 732.
A vitória teve múltiplos significados para o reino franco. Em primeiro lugar, ela consolidou a aliança entre os francos e a Igreja Católica, já que foram eles os únicos capazes de deter os infiéis que ameaçavam a Cristandade. Em segundo lugar, efeito básico da guerra para um povo germânico, verificou-se um fortalecimento da autoridade central, com a nobreza guerreira unida em torno de um comando centralizador. Por outro lado, lembramos que esse comando está nas mãos não de um rei formal, mas sim de seu major domus, cujo poder, prestígio e liderança sobre a nobreza suplantavam em muito o poder do rei.
Pepino, o Breve
Foi o filho de Carlos Martel - chamado de Pepino, o Breve - quem representou a conclusão desse processo. Alegando ser portador de sangue real (afirmava ser filho de Carlos Martel com a rainha Batilde) e contando com o apoio dos nobres e da Igreja, ele depôs o último rei merovíngio, Childerico 3º, e fez-se coroar rei da França no ano de 751. Surgia aí uma nova dinastia, chamada de carolíngia, pelo fato de se originar em Carlos Martel.
Foi durante o reinado dos reis carolíngios que os francos atingiram o apogeu de seu poder na Europa. Pepino ampliou a aliança que existia, desde Clóvis, entre os francos e a Igreja. O elemento mais forte dessa ampliação foi a luta movida por Pepino contra os lombardos, que ameaçavam Roma. Detentores de domínios ao norte da Itália, os lombardos, um dos povos germânicos que havia invadido as terras do