Impressão maçonica
Seis de setembro de 2011da era vulgar, este com certeza é um dos dias mais importantes da minha vida, pois nesta data por volta das 17:10h fui conduzido para o Templo Maçônico Lysis Brandão da Rocha pelo meu padrinho José Batista Pires. Lá fui vendado, tirados os meus pertences, deixaram meu peito esquerdo a mostra, pé direito descalço.
Confesso que já sabia que ia acontecer tudo isso, porém não sabia o por que. Até que então comecei a compreender.
Estava cego e um amigo me levou para trilhar um longo caminho, ele cuidou da minha integridade e da minha segurança, por diversas vezes me orientou a abaixar, pular, ter cuidado com o precipício. Fui amparado por uma pessoa que não conhecia, porém cuidou e me amparou. Estava começando a aprender o que é ter CONFIAÇA.
Ele me levou para um local, onde fiquei só, lá tive oportunidade de avaliar todo a minha vida, pude avaliar a minha condição como homem e como filho. Lá comecei a conhecer a mim mesmo, naquela câmara, tive oportunidade de compreender a vida. Meu testamento moral e filosófico foi escrito de próprio punho, ali já começava a grande mudança da minha vida. Continuei a viagem, cego até que aquele amigo me passou para outra pessoa, que também aceitou a seguir viagem comigo e cuidar da minha segurança. Confiar, agora esta palavra já tinha outro sentido em minha vida. Este como também o outro preocupou comigo. O caminho era difícil, porém em nenhum momento fiquei sozinho. Sempre tinha alguém me conduzindo.
Ao aproximar do Templo, aquele que me conduzia bateu duas vezes na porta ele foi indagado e ao responder terminou a frase falando que eu era Livre e de Bons costumes. Ser livre não bastava para adentrar ao Templo, era preciso ser LIVRE e de BONS COSTUMES. Naquele momento tive orgulho de mim mesmo, porque me permitiram a entrada. Passei por interrogatório e fui orientado.