importancia da diplomacia nas relacoes internacionais
Diplomacia : já se disse que a sua prática é antiquíssima ( “ tão antiga como os povos”), mas a palavra que hoje a designa ( de raiz grega ) chegou-nos tarde, em obras de compilação de documentos relacionados com as relações internacionais, primeiro, em 1693, no CODEX Júris Gentium Diplomaticus, de Leibnitz, e depois, em 1726, no Corpus universel diplomatique du droit des gens, de Jean Dumont .
Também em meados do século XVIII começou a usar-se em Viena a expressão corpo diplomático para designar o conjunto do pessoal das respectivas Missões, aparecendo em Londres, em 1787, como a lista de individualidades em serviço no estrangeiro. Em 1796, Edmond Burke empregava a palavra diplomacia para designar o conjunto de Chefes de Missão em Paris, no seguimento do costume que, desde 1791, usava ali o vocábulo para designar a actividade dos diplomatas ( a palavra era também ainda desconhecida ), ou seja dos funcionários que se ocupavam das relações externas. É pois um termo que se consolida apenas no século XVIII, indicando então o conjunto de actividades e práticas relativas às trocas e negociações entre Estados. Assiste-se assim a uma mudança – não na actividade em si, mas da consideração desta com regras próprias e estatuto jurídico. Com efeito, e tanto Vatell como Wickfort foram nisso influentes, só com o século XVIII se vai efectuar uma reflexão mais sistemática sobre a função, os métodos e o estatuto dos embaixadores. A função já existia antes, a palavra surgiria só nesse século, pois apenas então o conjunto de actividades dos embaixadores começou a ser vista como uma instituição com regras específicas e consolidadas, regida por uma organização similar nas diferentes cortes europeias.
A evolução histórica da diplomacia reflecte também a sua natureza de instrumento regulador da comunidade internacional, exercendo o que um autor espanhol (E.Pintos) qualifica de “persuasão contínua”, para a busca de soluções
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