Importacao de médicos links
Nos sete primeiros meses de 2010, o saldo da balança comercial foi de US$ 9,237 bilhões, acusando queda de 45% em relação ao mesmo período de 2009. Uma mostra das dificuldades que teremos para chegar aos US$ 13 bilhões previstos pelo Banco Central (BC), não por falta de exportações, que provavelmente ultrapassarão a previsão do BC, mas pela alta das importações, que pela segunda vez consecutiva ultrapassaram as vendas externas.
O problema é tentar explicar o fenômeno que parece se fortalecer. Não há dúvida de que a taxa cambial continua favorecendo maiores compras no exterior, levando em conta a pesada carga tributária que recai sobre os produtos brasileiros. É possível que, diante da deterioração do resultado da conta de transações correntes, os importadores tenham apostado numa desvalorização do real ante o dólar, e adiantaram suas compras no exterior.
A análise do comércio exterior em julho mostra que a exportação de produtos básicos ultrapassou a de bens manufaturados. Ora, os produtos básicos sofrem fortes variações de preços, além de serem de menor valor adicionado. No ano passado, a participação dos produtos básicos era ligeiramente inferior à dos produtos manufaturados: 42,6%, ante 42,9%. Neste ano, para os sete primeiros meses, a situação mudou: 43,6%, ante 40,2%. Os preços dos manufaturados, em certos casos, aumentaram mais em relação ao mesmo período do ano passado. Além do minério de ferro (151,4%), certos manufaturados tiveram uma elevação de preços muito importante, como os veículos de carga (145,4%) e as máquinas de terraplenagem (135,4%), para citar dois produtos que mais foram exportados entre os manufaturados.
Examinando as importações para os sete primeiros meses, verifica-se que as de bens de capital diminuíram de 24,9%, em 2009, para 22%, neste ano; as de bens intermediários aumentaram de 46,6% para 46,7%; mas as de bens de consumo duráveis cresceram de 8,3% para 9,7%, o que parece resultar