Implicações das Tonsilas Palatinas e Faríngea nas funções
Tonsilas Palatinas e Faríngeas: abordagem geral
A faringe é um tubo mediano que pertence à via respiratória e alimentar. Está situada posteriormente à cavidade nasal, cavidade bucal e laringe, vai da base do crânio até a sexta vértebra cervical, onde se liga a esôfago e a laringe. É dividida em três partes: porção superior, também chamada de nasal ou nasofaringe, porção média, também chamada de bucal, ou orofaringe e porção inferior, também de chamada de laríngea, hipofaringe ou laringofaringe.
É na faringe que se encontram as tonsilas cuja principal função é a da elaboração de linfócitos para a defesa. A tonsila faríngea (adenoide) está localizada na nasofaringe, enquanto as tonsilas palatinas (amígdalas) estão localizadas na orofaringe. A localização anatômica estratégica da tonsila faríngea e das tonsilas palatinas resulta num significante contato físico com vírus, bactérias e micro-organismos em geral durante o fluxo do ar nasal.
A região mais profunda de cada tonsila palatina é isolada do tecido conjuntivo circundante por uma cápsula fibrosa e densa. Cada tonsila palatina apresenta 10 a 20 invaginações epiteliais (epitélio escamoso estratificado) que penetram profundamente no parênquima formando as criptas, as quais contêm células epiteliais descamadas, linfócitos vivos e mortos e bactérias. As tonsilas palatinas frequentemente são sede de doenças infecciosas, inflamatórias ou simplesmente de processos hipertróficos e/ou hiperplásicos, principalmente durante o período de maturação do sistema imunitário. Nas crianças, a hipertrofia das tonsilas palatinas acontece pelo predomínio de tecido linfoide, enquanto que nos adultos ocorre pelo predomínio de tecido conjuntivo.
Na parede póstero-superior da nasofaringe identifica-se uma saliência também constituída de tecido linfóide, a tonsila faríngea (amígdala faríngea de Luschka). Particularmente no primeiro e segundo anos