IMPERIO
Líder militar de sucesso, Napoleão ganha prestígio e apoio popular nas guerras da França contra a Itália e a Áustria (1796-1797) e na do Egito (1798). Por isso, é escolhido pela burguesia francesa para solucionar a grave crise que havia-se instalado no governo revolucionário. Em 1799, Napoleão dá um golpe de Estado, suprime a constituição republicana e a substitui por outra, autoritária, concentrando todo o poder nas mãos do primeiro-cônsul, cargo que passa a ocupar. Nesse período, chamado de Consulado, realiza obras de pacificação e de organização dos territórios franceses. Assina com o papa Pio VII concordata que restaura a Igreja Católica na França, submetida ao controle do Estado (ver Catolicismo). Dota a França de novas instituições administrativas, jurídicas e financeiras. Participa ativamente da redação do código civil, promulgado em 1804, que confirma a vitória da revolução burguesa. O Code Napoléon, como é conhecido, influencia profundamente a legislação de todos os países europeus no século XIX. Institui os princípios de igualdade entre as pessoas, de propriedade das terras, das heranças, a tolerância religiosa, a laicização do estado civil e o divórcio. No exterior, Napoleão assina tratados de paz com a Áustria, em Lunéville (1801), e com a Inglaterra, em Amiens (1802).
Expansão do império – O Império Napoleônico nasce de forma oficial em 1804, quando um plebiscito referenda o primeiro-cônsul como imperador da França. Napoleão é sagrado pelo papa Pio VII na catedral de Notre Dame, em dezembro do mesmo ano. Coroado sob o nome de Napoleão I, preocupa-se em consolidar seu poder, modernizar a França e retomar a