Imperio romano
Com a expansão do Império, os romanos impuseram a sua cultura -- língua, hábitos, valores – a todos os povos conquistados. E esse foi um dos factores decisivos da hegemonia política e cultural que garantiu a implantação do latim falado como língua geral.
Nesse processo, os romanos receberam influências dos povos conquistados, principalmente os gregos, que já se encontravam num estágio muito adiantado de elaboração cultural e artística. No caso específico do latim escrito, foi grande a influência grega, tanto na língua literária – com as obras de Vergílio e Cícero -- como no padrão gramatical – a gramática greco-latina.
A rigorosa disciplina gramatical dessa língua literária distanciava-a da realidade da língua falada, altamente diferenciada em função da diversidade de etnias e de culturas que compunham o Império. Como língua escrita, era privilégio apenas de uma elite, o que leva alguns autores a afirmar, erroneamente, que esse padrão escrito correspondia à língua utilizada, no dia-a-dia, por essa classe social.
Para compreender a grande variedade do latim, é preciso entender como era constituída a sociedade romana.
A organização social de Roma compreendia uma classe aristocrática (os patrícios), elite conservadora caracterizada pela educação e por costumes refinados. Essa classe dos patrícios separava-se da classe dos plebeus, formada pela população rural, pelos estrangeiros e por escravos libertos. Eram classes sociais muito diversificadas, e as