Imperialismo a crítica de suas justificativas
(cientificismo, evolucionismo e racialismo)
No decorrer dos séculos XV e XVI, países como Espanha e Portugal impuseram seu domínio aos povos ameríndios, criando colônias que lhes permitiram expandir suas estruturas de poder. Esse é um dos modelos mais simples do colonialismo.
O neocolonialismo surgiu quando as burguesias das grandes potências rejeitaram as fronteiras nacionais, considerando-as barreiras à expansão econômica. Essas burguesias queriam investir capitais excedentes. Por isso, conseguiram convencer os governos dos países recolonizados a enveredar por esse novo caminho da política econômica mundial.
Os fatores que impulsionaram
O vigoroso e extraordinário crescimento da industrialização ocorrido durante a segunda metade do século XIX só foi possível devido às novas invenções técnicas, às grandes pesquisas e descobertas científicas, notadamente no campo da química industrial, e ao desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação. Mais que tudo, porém, teve importância decisiva a grande acumulação de capital que possibilitou as pesquisas técnicas e científicas aplicadas à indústria. Como resultado desse processo, os países industrializados precisavam de novos mercados consumidores, produtores de matéria-prima e investidores.
Foi dessa forma que a globalização ou integração de mercados possibilitou a internacionalização de capitais.
Além dos fatores político-econômicos propulsores do neocolonialismo, há outras justificativas teóricas que deram suporte à investida das potências ocidentais sobre a África e a Ásia. Podemos destacar a aplicação do evolucionismo darwiniano à sociedade: "em cada espécie existe uma permanente concorrência entre seus membros; as plantas e os animais mais aptos transmitem suas características genéticas favoráveis ao maior número de descendentes. Ocorre, desse modo, uma seleção natural das espécies. Por sua vez, o darwinismo social pregava que na luta pela