Imperialismo na Ásia
Antes do século XIX, as relações entre a Ásia e o mundo ocidental se resumiam ao contato estabelecido entre as cidades portuárias e as embarcações comerciais europeias. Algumas poucas experiências coloniais se desenvolviam nas regiões do Macau (China), Damão, Goa e Diu (Índia), e Timor (Indonésia), todas elas controladas pelos portugueses. Além disso, os espanhóis exploravam as Filipinas e os holandeses se fixaram nas regiões de Java e Sumatra.
Na segunda metade do século XVIII, com a criação da Companhia das Índias Orientais, os ingleses passaram a realizar a progressiva conquista da Índia. Nesse processo, entraram em luta contra a presença dos franceses na região subcontinental e impuseram sua força contra os príncipes locais. Até a primeira metade do XIX, os ingleses já realizavam a cobrança de impostos, praticavam o comércio e vigiavam a população local com o uso de tropas nativas, conhecidos como cipaios.
A ação inglesa também se estendeu até a China, quando os britânicos descobriram que poderiam explorar a comercialização do ópio como droga entorpecente. Inconformado com os prejuízos causados à saúde da população, o governo chinês estabeleceu a proibição do comércio da droga e uma severa política contra qualquer tentativa de contrabando do mesmo produto. Logicamente, os britânicos sentiram-se intensamente prejudicados com a medida.
A diferença de interesse acabou resultando nas chamadas Guerras do Ópio, que se desenvolveram entre 1839 e 1842, e 1856 até 1860. Por meio da vitória, os ingleses impuseram uma série de tratados que garantiam e ampliavam interesses políticos e econômicos na região. Vários portos comerciais chineses foram abertos aos países europeus, a comercialização do ópio liberada e a ação dos missionários cristãos reconhecida.
Outras potências como Rússia, Estados Unidos, França, Alemanha e Japão também utilizaram de sua influência e capacidade militar para impor seus interesses no território chinês. Entre