Imitation of life e o racismo
Considerado um clássico do cinema americano, “Imitation of life” é um filme da década de 1930 que traz a história de uma mulher branca e sua empregada, uma habilidosa cozinheira negra, que faz maravilhosas panquecas. A partir disso Beatrice (patroa de Delilah) tem a ideia de abrir uma loja e melhor aproveitar o talento da amiga. Com o sucesso da empreitada, ambas enriquecem e Bea divide a fortuna igualmente entre elas, mas Delillah faz questão de não usufruir de sua parte do dinheiro, uma vez que não precisa de mais nada além de sua patroa Dona Bea, sua amizade e companhia. Enquanto isso suas filhas, Peola e Jessie crescem juntas, mas em mundos completamente diferentes, isto se deve por Peola ter pele branca, mas ser filha de uma negra, o que faz com que seja tratada diferente por todos à sua volta, o que a leva a rejeitar a mãe. Dirigido por John M. Stahl, famoso por seus dramas,“Imitation of Life” foi durante anos considerado “o mais belo filme produzido nos Estados Unidos” isto devendo-se a sua trama “profunda e reflexiva” já foi um dos primeiros filme a abordar questões como o racismo, personagens femininos independentes e as dificuldades em se ser viúva. O filme tem uma readaptação de 1959 que produziu igual sucesso, apesar de a época ser outra, o discurso continuava o mesmo. Há muitos pontos a serem ressaltados a se analisar o enredo da obra de Stahl, mas há alguns em especial aos quais eu gostaria de dar maior atenção como; os esteriótipos reproduzidos a cerca da figura negra, a vilanização de Peola e a bondade de Beatrice. Estes três tópicos refletem a visão de uma sociedade americana que começava a acostumar-se a ter negros livres a seu redor, mas que continuava carregada de preconceitos e concepções distorcidas sobre estas figuras. Uma das primeiras cenas do filme trata de Delilah batendo à porta de Beatrice a procura de emprego, carregava consigo um anúncio onde lia-se “Procura-se mulher de cor que não tenha