imigração

IMIGRAÇÃO NO SÉCULO
A Organização das Nações Unidas divulgou no mês passado um relatório sobre imigração internacional e desenvolvimento. De acordo com a ONU há atualmente 191 milhões de pessoas que deixaram seus países para viver no estrangeiro. Em 1990 este número era de 155 milhões, o que resulta portento em um aumento de 23%.
Nesse ritmo é muito possível que o século XXI venha a ser marcado por esse fenômeno, já que os movimentos migratórios são sempre focos de tensão tanto na política doméstica como nas relações internacionais. O crescimento vertiginoso da imigração internacional é cada vez mais facilitado pela ampliação e barateamento do transporte e comunicação nos tempos modernos, todavia o fator mais importante são os desequilíbrios no mercado de trabalho mundial. De um lado, os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento têm excesso de mão-de-obra barata e de baixa qualificação; na outra ponta, os países ricos precisam cada vez mais de trabalhadores braçais para ocupações que requerem pouca instrução.
Esse cenário é bastante diverso do século XIX, de igual modo notabilizado por gigantescos deslocamentos de trabalhadores imigrantes, que deixavam definitivamente os países centrais da Europa para criar novos vínculos no Novo Mundo. Contudo, ao contrário do que acontecia então, os migrantes de hoje muitas vezes deixam seus países de origem sem cortar definitivamente seus laços nacionais, encarando a mudança de país como algo transitório, uma espécie de poupança para o futuro. Geralmente não levam suas famílias, para as quais remetem periodicamente parte de sua renda. Este tipo de afluxo de dinheiro acaba por ser uma importante fonte de recursos dos países em desenvolvimento.
De acordo com o mesmo relatório da ONU, a Índia recebeu em 2004 quase 22 bilhões de dólares de remessas de seus trabalhadores no estrangeiro. No mesmo período, brasileiros que trabalham no exterior enviaram 3,6 bilhões ao nosso país Essa característica de