Imigração pomerana
Os alemães foram os primeiros imigrantes a chegar ao Espírito Santo, em 1847. A bordo do navio Philomena, o primeiro grupo saiu do porto de Antuérpia, na Bélgica, no dia 20 de outubro de 1846, com destino ao Rio de Janeiro. Do Rio, os 108 imigrantes da região de Hunsrück, na Alemanha, iriam para o Sul do País, onde um grupo de imigrantes alemães já havia se estabelecido.
No entanto, D. Pedro II, imperador do Brasil e grande incentivador da vinda de imigrantes, resolveu enviar o grupo de recém-chegados ao Espírito Santo, embarcando-os no navio Eolo. No dia 21 de dezembro de 1846, o navio atracou no Porto de Vitória com o primeiro grupo de imigrantes alemães no Espírito Santo.
Como as terras ainda não haviam sido demarcadas, os alemães permaneceram em Vitória, na região do Palácio Anchieta, por um mês. Depois, subiram a margens do Rio Jucu, fundando a Colônia de Santa Isabel no dia 27 de janeiro de 1847, a primeira colônia de imigrantes alemães em solo capixaba. Eram 39 famílias, sendo 16 evangélico-luteranas e 23 católicas.
Cada família recebeu do governo 50 hectares de terra para o cultivo e uma ajuda de custo em forma de empréstimo. Mas o início não foi nada fácil para os imigrantes. Sem apoio das autoridades e enfrentando todo tipo de dificuldades, muitos acabaram morrendo, e nos primeiros dez anos a mortandade chegou a superar a natalidade.
Além de todas as dificuldades iniciais, a convivência entre as famílias católicas e luteranas se deteriorou. A Vila de Viana, centro mais próximo da colônia de Santa Isabel, havia sido colonizada por católicos açorianos que se recusavam a negociar com os luteranos, dando exclusividade aos colonos católicos. O clima de hostilidade entre os grupos dividiu a colônia e retardou o desenvolvimento social das comunidades.
Os católicos, que inicialmente freqüentavam a igreja de Viana, se opunham à construção de uma igreja luterana. Os luteranos, resistindo à oposição, construíram sua primeira igreja