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Resumo de Imaginar a evidência por Álvaro Siza Vieira.

Imaginar a evidência é uma autobiografia de Siza Vieira, o arquitecto português que concebeu algumas das obras de arquitectura mais significativas do séc. XX; muitas dessas obras são comentadas neste livro e a acompanhá-las estão os seus próprios desenhos que, sendo muito simples e esquemáticos, conseguem capturar a essência do projecto. Os desenhos de Siza Vieira são tão famosos como a sua arquitectura, já que constituem um método de aproximação a cada projecto. Para o arquitecto, o desenho é também uma forma de se exprimir e de comunicar – quer consigo mesmo, quer com os outros; é uma linguagem e uma construção. Siza não desenha por obrigação do ofício – fá-lo, sim, por paixão, prazer, necessidade e, pode dizer-se até, vício. Assim, o desenho é mais do que um instrumento de trabalho, é uma forma de aprendizagem em si, um meio de compreensão que tanto serve para comunicar como para transformar.

Esta autobiografia tem incidência em três escalas da arquitectura: a cidade, com o plano urbano em Lisboa e Évora; o edifício, com as grandes obras de Siza, como as piscinas de Leça da Palmeira, o restaurante, ou os vários museus; e, por fim, o design, que vai desde o mobiliário, dedalhas, talheres ou cadeiras. É através dos grandes temas destas reflexões que o autor aborda temáticas importantes como as da relação entre estética e funcionalidade, inovação e influência, essencial e acessório, homem e natureza. O legado de Siza Vieira é bastante reconhecido, bem como o seu método de concepção que articula as qualidades sensíveis do artista com a intencionalidade do olhar, as leituras do lugar e dos contextos na sua vertente social, técnica, oética e artística. Tirando partido das geometrias e de complexos sistemas de relações, a simplicidade deste arquitecto reflecte as várias interacções que se estabelecem no acto criativo.

Pode-se afirmar que Siza cria a sua própria arquitectura. Os seus primeiros projectos