Iluminismo: Montesquieu
Com as grandes mudanças econômicas, sociais e tecnológicas que ocorriam na Europa e a crença de que a razão, a ciência e a tecnologia tinham condições de levar o homem à verdade e ao progresso, desenvolveu-se um pensamento que culminaria no movimento cultural do século XVIII denominado Iluminismo.
O Iluminismo tinha o objetivo de enfatizar a capacidade humana de, pelo uso da razão, conhecer a realidade e intervir nela, no sentido de organizá-la racionalmente, de modo a assegurar uma vida melhor para as pessoas.
Os filósofos iluministas se destacaram por exibir e exercitar a razão publicamente em ruas e salões. O processo de ilustração, isto é, o desenvolvimento da capacidade intelectual, trazia a proposta de libertar o ser humano dos medos irracionais, superstições e crendices, levando-o a questionar as tradições vulgares e a construir uma nova ordem racional para a sociedade.
O grande mérito dos iluministas foi o esforço de generalizar e aplicar as doutrinas críticas e analíticas aos diversos campos da atividade humana.
3. MONTESQUIEU
Charles-Louis de Secondat, mais conhecido como barão de Montesquieu foi um importante filósofo, político e escritor francês. Nasceu em 18 de janeiro de 1689, na cidade de Bordeaux, em de uma família de magistrados pertencentes à nobreza. Montesquieu tinha muito orgulho do nome que carregava. Depois de freqüentar o Colégio Juilly e em seguida a Faculdade de Direito, torna-se, em 1714, conselheiro do Parlamento de Bordeaux. Um ano depois ele se casa com Joana de Lartigue, uma jovem protestante de uma rica família da nobreza, que lhe rendeu muito dinheiro devido a um generoso dote. Com a morte de seu tio, em 1716, Montesquieu herda uma fortuna. Logo depois, ao tornar-se presidente do Parlamento de Bordeaux, ganha o titulo de Barão de Montesquieu. Naquela época a Inglaterra tinha acabado de se tornar uma Monarquia Constitucional e unir-se à Escócia, em 1707, para formar a Grã-Bretanha. Em 1715, após um longo