Iluminismo, historismo e democracia
Luiz Rogério Fernandes
Estudante de Serviço Social
2º período – PUC – Coração Eucarístico
Resumo
Os ideais iluministas vieram elucidar um anseio do homem em encontrar uma maneira pacífica de conviver. Emergem conceitos de universalismo, autonomia e liberdade como bases para a construção de uma sociedade igualitária que não discriminasse a subjetividade humana. Existiria uma universalidade que não agride as diferenças culturais, étnicas e religiosas e que é possível uma autonomia individual que ultrapasse as fronteiras do próprio sujeito, pois o homem é um ser social, portanto a liberdade só será efetiva quando for estendida a todos. Paralelamente surge o historismo que estabelece particularidades que advêm de uma separação, de uma segregação, e não de uma agregação de valores à um conceito universal de homem. Existem idéias historistas profundamente enraizadas em nossas sociedades, visões que desconhecem o ser humano na sua totalidade e podem se transformar num empecilho ao desenvolvimento da democracia. Finalmente a democracia só pode ser alcançada através da tomada de consciência de que o ser humano é complexo e formado por várias esferas, entre elas a pessoal, a social e a histórica. A melhor forma de se alcançar estes objetivos é através da educação.
Palavras-chaves: iluminismo, historismo e democracia.
Introdução
Este artigo tem como objetivo demonstrar como os ideais iluministas vieram elucidar um anseio do homem em encontrar uma maneira pacífica de conviver, a democracia. Para isso não seria preciso que o homem abrisse mão de suas particularidades e nem agredir a subjetividade dos outros. Em contrapartida cresceram as idéias historistas. Aqui se encontra o desafio da modernidade. Para isto utilizaremos os textos “Iluminismo ou barbárie” e “A coruja e o sambódromo” de Paulo Sérgio Rouanet, trechos do livro “O futuro da democracia” de Norberto Bobbio, idéias do