Iluminação e arquitetura (resumo)
* Histórico do uso da luz na arquitetura
O ser humano depende da luz, tendo em vista que a maior parte da percepção humana, cerca de 70%, é visual. A arquitetura sendo uma realização das necessidades e dos desejos do homem sempre trouxe, intrinsicamente, a preocupação com a luz. Na arquitetura clássica, de clima quente-seco, a luz é tratada como algo precioso e perigoso de forma simultânea. As aberturas pequenas e planejadas filtram a luz controlada pela própria edificação. Nesse tipo clima, a fonte de luz revela-se o próprio símbolo e sinônimo dela mesma. Sob ela, as formas se caracterizam pelo jogo variável de luz e sombra. No Renascimento, retomaram-se os valores clássicos, evidenciados também através da arquitetura. Entretanto, nos lugares de clima temperado, como na Inglaterra, quase não há o contraste de luz e sombra. O céu geralmente é cinza. Desta forma, os arquitetos da Renascença utilizaram o detalhamento da forma e da cor, obtendo assim efeitos semelhantes aos da arquitetura tropical. As janelas são elementos determinantes na caracterização da forma de um edifício, incluindo a sua relação com o clima local. Elas são primordiais para que ocorra ventilação nos espaços e haja o conforto térmico dos indivíduos. Além do mais, elas contribuem muito nos elementos de controle da radiação solar.
Com a Revolução Industrial, a arquitetura perdeu sua identidade de melhor adequação ao meio natural. Houve uma dissociação entre concepção e produção arquitetônica. A consequência súbita desse fato foi uma ruptura no compromisso entre o material e a técnica construtiva empregados e as necessidades humanas. A conquista e o uso crescente de materiais como concreto, aço e vidro nos levaram a ajustar novas formas e espaços. Dessa forma, a sociedade moderna, agressiva, exigente e complexa, limitou o seu próprio progresso no campo da iluminação – indispensável para que esse desenvolvimento se tornasse viável.
Primordialmente, o homem