III Conferência e participação do brasil na Guerra
No campo da política externa, o país seguia a equidistância pragmática. Nem tão próximo dos Estados Unidos, nem tão próximos da Alemanha, o Brasil mantinha relações cordiais com ambos, enquanto no âmbito interno a disputa entre americanófilos e germanófilos se acentuava. Isto permaneceu mesmo durante os primeiros anos da II Guerra Mundial, e apenas no fim de 1941 que o cenário no País se alterou. O bombardeio da base estadunidense de Pearl Harbour, no Havaí, comoveu a opinião pública brasileira. No âmbito externo, isso levou à convocação, por parte do chanceler Osvaldo Aranha, da III Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas, também conhecida simplesmente como Terceira Conferência.
No mês de janeiro de 1942, chanceleres de praticamente todos os países do Continente - o Canadá, que já estava envolvido na guerra por conta de suas relações com o Reino Unido, não mandou representante - reuniram-se no Palácio Tiradentes, no Centro do Rio, para debater de que forma as Américas, em conjunto, reagiriam ao ataque alemão. A maioria dos países adotou medidas bastante favoráveis aos Estados Unidos, como garantia de fornecimento de matérias-primas