II Pedro 2, um alerta para a eternidade
A última carta, a carta de despedida de Pedro, é essencialmente escatológica. Ocupa-se em boa parte em tratar dos acontecimentos finais, dando a alguns deles uma precisão apocalíptica singular, como em II Pedro 3:10-12, ao descrever fenômenos provocados por Deus. O homem de Deus parece ter a revelação do Espírito Santo do que viria a acontecer com a Igreja de Cristo. E, o mais preocupante, é que seus alertas antecedem imediatamente o Juízo, que ele chama de o Dia do Senhor (3:10). São situações que nos cercam nos dias de hoje, as quais podemos ver a todo instante. E que mostram parte do quadro que será encontrado por Jesus quando da sua volta.
O alerta: heresias introduzidas no meio do rebanho.
O que vem a ser uma heresia? Para nós, servos de Deus, que temos a Bíblia como única regra de fé e prática, heresia é qualquer tipo de ensino ou doutrina que seja contrário ou que deturpa àquele que é prescrito nas Escrituras. Pedro alerta para os falsos profetas e falsos doutores (ou mestres/ARA e BJ), ou seja, aqueles a quem a igreja sempre deu mais crédito por estarem à frente do rebanho, e que por isso mesmo sempre tiveram facilidade em falar e não serem contestados.
Com isso, por terem a confiança dos homens, se aproveitaram para ensinar doutrinas que nunca foram encontradas em lugar algum da Bíblia, com a desculpa de terem recebido a heresia do próprio Deus. As ovelhas desacostumadas em investigar a Palavra de Deus, simplesmente aceitaram, acabando por tornarem-se cúmplices dos maus obreiros.
Pedro ainda denuncia que um dos principais motivos pelo aparecimento dessas heresias é exatamente aquilo que Paulo já falava em I Timóteo 6:10, ou seja, o amor ao dinheiro, que é a raiz de todos os males. E o mesmo Paulo complementa no referido versículo que, por causa desse amor, muitos se desviaram da fé. Basta lembrar os acontecimentos que antecederam a Reforma Protestante, quando um monge dominicano passou a vender indulgências,