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Revista Serviço Social e Sociedade, 84, ano XXVI, novembro de 2005
(Reconceituação do Serviço Social: 40 anos)
O Movimento de reconceituação: 40 anos depois
J. P. Netto
- Período de transição da década de 60 para 70: crítica ao Serviço Social tradicional de prática empirista e paleativa, segundo uma orientação ético-burguesa que vislumbrava a ordenação capitalista como fato ineliminável.
- Condições históricas do período: marcadas pela crise do padrão de desenvolvimento do capitalismo e pela dinâmica de resistência.
- Elementos do processo de revisão: Crítica das ciências sociais; Deslocamento sócio-político das instituições de origem do Serviço Social; O movimento estudantil.
Reconceituação no Serviço Social
A gênese do movimento no Brasil correspondeu a iniciativa de resposta a uma questão central: “Qual a contribuição do Serviço Social na superação do desenvolvimento?”
- Primeiro momento - ampla frente contra o tradicionalismo. Será substituída por uma cisão formada por dois segmentos:
Segmento modernizador: propostas de base reformista-democrata.
Segmento de ruptura com o passado: proposta radical-democrata.
- No Brasil com a vigência da ditadura a renovação traduziu-se como modernização profissional.
Conquistas e limites da reconceituação
Conquistas:
A articulação de uma nova concepção de unidade latino-americana;
Explicitação da dimensão política da ação profissional;
A interlocução crítica com as ciências sociais;
Inauguração do pluralismo profissional.
Contribuição fundamental: Recusa do profissional em situar-se como um agente técnico meramente executivo.
Limites:
A correta denúncia ao conservadorismo acabou produzindo um ativismo que obscureceu os limites entre militância e profissão;
Recusa às “teorias importadas”;
Confusão ideológica.
- A experiência do “Serviço Social crítico” na figura do projeto ético-político profissional é a prova conclusiva de que a reconceituação