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O desenvolvimento cognitivo na perspectiva da Epistemologia Genética Em termos educacionais, para Piaget (1972a; 1973a), o desenvolvimento acontece por provocações internas ou externas, sendo que esse processo depende da estrutura cognitiva de cada indivíduo e do ambiente em que vive. Esses processos cognoscitivos, ou seja, essas habilidades de compreensão, aparecem como resultantes da auto regulação orgânica do sujeito, enfatizando que todos têm disposição para aprender dentro de sua forma e de seu tempo.
Uma explicação para isso são os diferentes níveis de estrutura cognitiva propostos por Piaget (1972a, 1973a). O autor caracterizava esses níveis por quatro etapas sucessivas do desenvolvimento, denominadas de estádios[ii], sendo eles: sensório motor (por volta de 0 aos 2 anos); pré-operatório (por volta dos 2 aos 7 anos); operatório concreto (por volta dos 7 aos 12 anos) e operatório formal (por volta dos 12 anos). As ações iniciais, no período sensório motor, são voltadas para o desenvolvimento do conhecimento prático, juntamente com a construção da sucessão temporal e da causalidade sensório-motora elementar, indispensáveis para o pensamento representativo ulterior. Esse conhecimento prático é construído através de ações, como engatinhar na busca de um objeto escondido, ou procurar algo que desapareceu do campo perceptivo.
Com a construção de novas estruturas mentais no período sensório-motor, através da exploração prática do espaço, o indivíduo passa a um novo nível de conhecimento, por meio de representações e pelo surgimento da função simbólica, que marca o início da aquisição da linguagem (Piaget, 1972a). Esse novo período, denominado como pré-operatório, é marcado pelo poder de representação dos objetos ou acontecimentos, o que se pode considerar como uma etapa mais evoluída da construção, ou preparação do pensamento lógico.
Na construção dessas