Igreja. Comunidade Terapêutica
Esta sociedade desaprendeu a amar e estabeleceu a desconfiança como condição sine qua non à relação pessoal, resultando relacionamentos superficiais e, consequentemente, perdeu a dimensão da solidariedade.
Por sua vez, a igreja também encontra enferma, valorizando o crescimento financeiro e de números de membros, esquecendo-se da importância dos relacionamentos, tornando-se superficial, vazia e egoísta.
Em linhas gerais, as igrejas perderam a essência da comunidade terapêutica, deixaram de priorizar relacionamentos e de buscar a junção do corpo.
Assim, Luis Henrique Solano Rossi, após onze anos de pastoreio, desenvolveu um trabalho com propósito de oferecer uma reflexão sobre a vocação terapêutica da igreja, a partir da necessidade de saúde integral de todo ser humano, discorrendo acerca do perfil da sociedade pós-moderna, a qual é “utilitarista e acumuladora de bens”, característica esta que atinge diretamente os “valores, prioridades e estilo de vida”.
Conforme o mencionado autor, as pessoas atualmente possuem imensa dificuldade de compartilhar suas vidas, outrossim, buscam resolver sozinhas os seus conflitos, tornando-se vulneráveis e cheias de angústia.
Inobstante as redes de comunicação, as pessoas continuam sendo solitárias.
Ademais, vivem submersas ao conceito utilitarista, o valor passa a ser no que se tem e não no que se é, em função disso tornam-se altamente competitivas.
Tudo é descartável, inclusive as pessoas. Aprendem, desde novas, padrões errados de comportamento, os quais implicam em dificuldade de amar e ser amado, vícios, caráter falho, etc.
Enfermidades da alma são escondidas ou racionalizadas como algo corriqueiro, exemplo: traumas interiores e desintegração familiar.
Vale ressaltar que antes do pecado do homem e sua queda, existia-se a sua