Ideologias políticas
Actualmente, o termo ideologia é usado num sentido neutro, referindo-se a uma filosofia social ou visão do mundo desenvolvidas.
No passado, tinha conotações bastante negativas e pejorativas, chegando o conceito de ideologia a ser usado como uma arma política para condenar crenças e doutrinas rivais.
Em 1796 o termo foi cunhado por Tracy, tentando dar-lhe um lado científico.
No séc. XIX Marx associou-o às ideias da classe dominante.
Para Marx, a ideologia era portanto falsa, pois confundia as classes subordinadas.
Liberais e conservadores têm usado o termo de maneiras diferentes:
(L): a ideologia vista como um instrumento de controlo social para assegurar a submissão.
(C): a ideologia vista como um sistema abstracto de pensamento, como um conjunto de ideias que distorce a realidade política, pois afirma explicar o é, na verdade, impossível ser explicado.
Todas estas visões estão carregadas de valores e orientações de doutrinas políticas particulares.
Portanto, uma definição inclusiva de “ideologia” tem que ser neutra: tem que rejeitar a ideia de “boas” ou “más” ideologias, “verdadeiras” ou “falsas”, “libertadoras” ou “opressivas”.
Daí que o termo actual seja adequado: a ideologia é vista como um sistema de crenças voltado para a acção, um conjunto de ideias inter-relacionadas que, de alguma forma, guia ou inspira a acção política.
LIBERALISMO – inícios do séc. XIX
É a ideologia do Oeste industrializado e é, por vezes, retratada como a meta-ideologia (ideologia base), capaz de abranger uma grande variedade de valores e crenças distintos.
É o produto da queda do feudalismo e do crescimento do mercado e da sociedade capitalista.
Na sua primeira forma, o liberalismo foi uma doutrina política.
Atacou o absolutismo e os privilégios feudais, defendendo um governo constitucional e, mais tarde, representativo.
Início séx XIX: laissez-faire (capitalismo sem intervenção do estado)
A partir de mais tarde no séc. XIX: