IDENTIFICAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES DAS CRIANÇAS DOS 3 AOS 6 ANOS, COMO MEIO DE INTERVENÇÃO NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL
INTRODUÇÃO
Sabe-se hoje que a saúde das pessoas está profundamente relacionada com o contexto sócio-económico e cultural. Os aspectos sócio-económicos e culturais determinam o tipo de alimentos que as crianças ingerem e tem grande influência nos comportamentos que adquirem.
Com as diversas experiências da vida os seres humanos constroiem os seus próprios valores que são transmitidos ao longo de gerações . Estes valores, por influência de factores do meio externo, modificam-se permitindo um desenvolvimento e maturação dos indivíduos, através das relações pessoais e circunstâncias sociais.
Como refere (MAHAN e ARLIN, 1994) a idade entre 1 e 6 anos constitui um período de grande desenvolvimento e aquisição de habilidades. Esta idade é uma etapa marcada por acontecimentos que influenciam o crescimento e o desenvolvimento da criança. Tratando-se de um período privilegiado de aquisição é essencial que a criança adquira bons hábitos alimentares desde o início.
Este facto exige uma alimentação saudável, dotada de todos os elementos essenciais ao harmonioso desenvolvimento psíquico e estato-ponderal da criança.
A nossa cultura tem um dos seus pilares assente no ritual da comida. Embora hoje em dia, os pais não alimentem os seus filhos em função do antigo ditado “gordura é formosura”, sabemos que muitos sentem orgulho porque o seu bebé é bem “gordinho”.
Muitos dos erros alimentares na infância, começam por um tempo de aleitamento materno escasso e pela precoce introdução de novos alimentos, ao longo do primeiro ano de vida da criança.
Paralelamente ao factor nutricional, o exercício físico outro aspecto importante para um bom estado de saúde, continua a não ser uma prática corrente nas famílias portuguesas. Os pais não têm por hábito fazer exercício físico ou praticar desporto, também não incentivando esse hábito nos seus filhos. Dizer