Identificaçao de pastagens
4 SISTEMAS DE PASTEJO Os diferentes métodos de manejo de pastagens podem ser agrupados em três sistemas: contínuo, rotacionado e diferido. Nos últimos anos, muito tem sido discutido em torno das alternativas "pastejo contínuo" ou "pastejo rotacionado". Apesar disto, poucos trabalhos publicados apresentam resultados de comparação de métodos de pastejo com pastagens tropicais. t’Mannetje et al. (1976) revisaram os resultados de 12 experimentos de pastejo e encontraram que, em oito deles, o pastejo contínuo foi superior; em dois, o rotacionado foi superior e, em dois, os sistemas foram iguais. Esses autores concluíram que não há evidências, nos trópicos, de que o sistema rotacionado seja superior ao sistema contínuo em termos de produção animal, uma vez que o contínuo, em geral, proporciona maior oportunidade de pastejo seletivo e conseqüente ingestão de uma dieta de melhor qualidade. Por outro lado, os australianos sugerem que as pastagens tropicais adubadas com nitrogênio aproveitam melhor este elemento, se for utilizado o pastejo rotacionado. Segundo Simpson & Stobs (1981), as plantas necessitam de um período de descanso para transformar o N absorvido em tecido novo. Desta forma, a eficiência da adubação será maior no sistema rotacionado, o que não quer dizer que não se pode adubar com N áreas sob pastejo contínuo. O pastejo rotacionado pode se constituir, ainda, em um sistema adequado para a utilização uniforme de pastagens de alta produção. Reconhece-se também que a adoção do pastejo rotacionado facilita o manejo de pastagens de alta produção de forragem, inclusive daquelas constituídas por espécies cespitosas que apresentam o alongamento precoce do caule, como de algumas cultivares do gênero Panicum e o capim-elefante. De acordo com Walker (1995), os pesquisadores e especialistas em manejo de pastagens se tornaram obcecados em implementar pastejos rotacionados, como se isto fosse a pedra angular do manejo de pastagens.