IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS-MODERNIDADE
Para aqueles/as teóricos/as que acreditam que as identidades modernas estão entrando em colapso, o argumento se desenvolve da seguinte forma. Um tipo diferente de mudança estrutural está transformando as sociedades modernas no final do século XX. Estas transformações estão também mudando nossas identidades pessoais, abalando a idéia que temos de nós próprios como sujeitos integrados. Esta perda de um "sentido de si" estável é chamada, algumas vezes, de deslocamento ou descentração do sujeito.
a) três concepções de identidade
a)sujeito do Iluminismo,
b)sujeito sociológico e
c)sujeito pós-moderno.
O sujeito do Iluminismo estava baseado numa concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, cujo "centro" consistia num núcleo interior .
A noção de sujeito sociológico refletia a crescente complexidade do mundo moderno e a consciência de que este núcleo interior do sujeito não era autônomo e auto-suficiente, mas era formado na relação com "outras pessoas importantes para ele". A identidade é formada na "interação" entre o eu e a sociedade. O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado; composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não-resolvidas.
Esse processo produz o sujeito pós-moderno, conceptualizado como não tendo uma identidade fixa, essencial ou permanente. É definida historicamente, e não biologicamente.
DESCENTRANDO O SUJEITO
Os descentramentos são os seguintes. A retomada e reinterpretação da obra de Karl Marx. A afirmação de Marx de que o homem faz história, mas a faz sob condições históricas criadas por outros homens, desloca qualquer noção de agência individual. Ele coloca as relações sociais e não uma noção abstrata de homem no centro de seu sistema teórico.
O segundo descentramento vem da descoberta do inconsciente