Identidade cristã
Orígem da nossa fé O ato de crer faz parte de nossa vida cotidiana e até mesmo da investigação científica. Mas a forma mais visível de crer é o credo religioso. Hoje a fé das grandes confissões cristãs ou Igrejas está colocada em segundo plano sobressai à fé das seitas. Por isso, todos nos interrogamos sobre a fé e o ato de crer. Qual sua identidade ou fundamento? Qual o núcleo da fé? Qual a origem da fé? Torna-se necessária uma “teologia fundamental da fé”, se podemos dizer assim.
A fé religiosa, ou seja: “a confiança total do homem em um Deus com o qual se encontrou pessoalmente”, nasceu entre os hebreus, neste pequeno povo se deu um fato de grandeza sem igual: o nascimento da fé com sua primeira testemunha: Abraão. “Ele acreditou no Senhor e o Senhor o considerou como um homem justo” (Gn 15,6). A originalidade aqui está em aceitar um tipo de relação com Deus que seja relação pessoal, relação que começa com a confiança depositada por Abraão na palavra de Deus. Ele acreditou na promessa que Deus lhe fez, na chamada que tinha escutado. Deus falou a Abraão (cf. Gn 15,1-21). No gesto da Abraão aparece o cerne da questão fundamental que a fé propõe e que não é a existência de Deus. “A verdadeira questão da fé inverte os termos: não se trata de crer que Deus existe, mas em crer que o homem existe para Deus” (B. Sesbouè, Creer, S. Pablo, Madrid,2000,p. 30). Podemos colocar a questão de outra maneira, ou seja, partindo das questões mais sérias que a fé nos propõe: Deus se interessa pelos homens? Deus pode intervir na história? O fato é que a fé de Abraão e seus descendentes responderam SIM a estas perguntas. O povo da Antiga Aliança fez da fé um modo de viver: “Se não crerdes não podereis subsistir” (Is 7,9).
Jesus autor e consumador da fé (Hb 12,2) No Novo Testamento o termo fé (250 vezes) e crer (300 vezes) convergem para Jesus Cristo, realização das promessas e manifestação total de Deus. Jesus da origem à fé porque é