Ideias De Plat O
Platão (428-347 a.C.) foi discípulo de Sócrates, por quem sempre nutriu profunda admiração, transformando-o no personagem principal de seus diálogos. Após a morte do mestre, fundou sua própria escola de filosofia, chamada de Academia, em homenagem ao deus Academus. Sua obra está intimamente ligada aos problemas filosóficos de sua época.
Platão viveu durante a florescente democracia ateniense - e na democracia era importante saber argumentar e convencer os cidadãos a votarem nesta ou naquela proposta. Muitos jovens, que pretendiam ter destaque na vida pública, procuravam professores que lhes ensinassem a arte de falar bem e de maneira convincente. Esses professores de oratória e retórica eram os sofistas, título que, originalmente, significa "sábio".
Relativismo
Os sofistas mais famosos foram Protágoras (480-411 a.C.) e Górgias (485-380 a.C.). Para eles não existem verdades imutáveis, válidas para todo o sempre. Muito do que acreditávamos ser certo no passado, hoje sabemos que é falso, e nada garante que no futuro não venha a acontecer o mesmo. O melhor que podemos almejar é construir um consenso provisório sobre o que é certo para maioria, aqui e agora.
"O homem é a medida de todas as coisas", dizia Protágoras, cabe a nós decidir sobre o que é certo ou errado, respeitando os diferentes pontos de vista, pois ninguém pode se julgar dono da verdade. Ora, o melhor modo de fazer isso é a democracia, em que prevalece o livre debate de ideias.
A posição dos sofistas é chamada de relativismo, por considerar que não existem verdades absolutas, mas apenas verdades relativas que mudam com o passar do tempo e de uma cultura para outra. Daí a necessidade de sempre refazermos o consenso democrático sobre os problemas que nos afetam e reformar as leis de nossa sociedade.
Modelos ideais imutáveis
Platão achava isso absurdo. É certo que a realidade está sempre mudando, que as coisas nascem e morrem, mas é