Há relação entre preconceito linguistico e desigualdade social?
Há relação entre preconceito linguístico e desigualdade social?
O texto de Patativa de Assaré, “ Coisas do meu sertão” é uma prova de que mesmo com erros de português evidentes na fala é possível transmitir a compreensão da ideia, porém o preconceito não deixa de acontecer mesmo com o entendimento do que foi falado. É importante levar em consideração o que muita gente acha: Aquele que fala “errado” é um sujeito que não teve uma boa educação, sendo assim ele passa a ser um ignorante na sociedade. Isso gera a desigualdade social! O preconceito está totalmente atrelado à intolerância e a discriminação. Qualquer pessoa que venha a utilizar de gírias, regionalismos, vícios de linguagem,etc, diante de alguém que saiba utilizar perfeitamente a norma culta pode estar sendo colocado num patamar abaixo, como se houvesse uma hierarquia e no topo estão os dominadores da língua. Sem querer de forma alguma generalizar, mas isso é comum, ainda que seja de forma imperceptível. É um enorme erro tratar com desigualdade o individuo que se expressa de maneira diferente, pois o Brasil é um lugar de várias culturas com diversas maneiras de comunicação. Imagine que no bairro aonde você mora chegou um novo morador que veio de outra região e, portanto, tem uma maneira de falar diferente da sua. Estaria você certo e o outro errado? Será que as diferentes formas de linguagens tem haver com o grau de educação ou com o ambiente cultural que tal pessoa foi inserida desde muito cedo? Há sem sombra de dúvida uma intensa relação entre preconceito linguístico e desigualdade social, essa relação dá- se por meio da falta da compreensão da sociedade cheia de variedades linguísticas que vivemos e também pelo poder que o ser humano tem de taxar o certo e o