Humilhação social
A humilhação social conhece em seu mecanismo, determinações econômicas, isto acontece por causa das desigualdades sociais. O humilhado passa por situações de impedimento no mundo em que vive. A humilhação social priva o ser humano em todas as áreas, na saúde, no trabalho, nos relacionamentos. O trabalhador assalariado vive contando tostão por tostão, tudo lhes custa caro. A questão da humilhação social inicia-se desde cedo, criança rica vai para o “jardim de infância”, filho de pobre vai para a “creche” e seus pais naturalmente que são empregados em fábricas em série, suas mães de empregadas domésticas. Quando as crianças se tornam adolescentes vão participar dos “programas” criados pelo governo, claro que são excelentes programas, mas isso só vai acentuar as desigualdades sociais. A sociedade marginaliza a classe proletariada enquanto trabalham construindo edifícios, mansões, suas próprias casas, na maioria das vezes estão mal-acabadas, sem condições de moradia enquanto trabalham de motoristas com carros potentes, mal tem o vale transporte para poder trabalhar. A humilhação social transforma um ser humano em um ser invisível, basta colocar um crachá, um uniforme e, ninguém mais reconhece o que acontece é que a “máquina social” e a “máquina inconsciente” interpõem-se entre nós e os outros. A humilhação impõe uma mensagem de “Inferioridade”, no psicológico dos humilhados, pois mostra que não possuem direitos, não possuem bens materiais, não possuem educação, ou seja, são desprezíveis. O ser humano é visto apenas como um mero servidor. A humilhação social é o resultado das desigualdades sociais. De acordo com Sporati (1995), os sujeitos passam a existir e ser definidos como sujeitos, a partir do momento em que contribuem com a sociedade, contribuem com a Previdência Social, se isso não acontece, ele não tem direito a nada e ainda tem que agradecer cada benefício, que lhes são concedidos.
Desigualdade