Humanização
O Ministério da Saúde (MS), objetivando mudar esse cenário, dentre outras iniciativas, regulamentou, em maio de 2000, o Programa Nacional de Humanização da Assistência
Hospitalar (PNHAH), já que os hospitais eram o alvo das maiores críticas. O PNHAH estimulou a criação dos Grupos de Trabalho de Humanização (GTHs) nas unidades hospitalares de todo o país, para que se pudesse discutir sobre o tema e avançar no que se refere ao atendimento hospitalar humanizado no SUS, considerando tudo e todos envolvidos neste processo (as equipes, os gestores, os usuários, os meios físicos). Propôs a humanização das relações entre gestores, servidores e usuários no atendimento hospitalar por meio da constituição dos GTHs, que seriam os multiplicadores do processo de humanização desenvolvendo ações neste sentido. Objetivava a melhoria da qualidade e eficácia da atenção dispensada aos usuários da rede hospitalar brasileira credenciada ao SUS, efetivando a integralidade da atenção, um dos princípios do sistema, bem como a modernização das relações de trabalho nos hospitais públicos.
Para o Ministério da Saúde (2004), o ato de humanizar é tomado como "ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais." Isto implica, portanto, o cumprimento dos deveres do Estado no que diz respeito ao oferecimento de uma rede de serviços capazes de responder objetivamente às necessidades da população, em termos materiais, bem como de considerar a subjetividade dos envolvidos no processo.
Compreender o significado de "humanização", bem como as proposições para seu alcance, é fundamental para que se possa entender tal movimento no interior do sistema de saúde. Isto implica necessariamente desvelar o nível de compreensão de usuários, profissionais e gestores a este respeito, bem como avaliar o papel do GTH nesse processo.
O GTH caracteriza-se como um dos