Humanismo
Os textos do Trovadorismo eram acompanhados de música e geralmente cantados em coro, por isso são chamados de cantigas. As cantigas podem ser classificadas em dois grandes grupos: cantigas líricas e cantigas satíricas. As líricas se subdividem em cantigas de amor e de amigo; as satíricas em cantigas de escárnio e maldizer.
Cantigas de Amor
As cantigas de amor são sempre escritas em primeira pessoa e o eu - poético declara seu amor a uma dama, tendo como pano de fundo o ambiente de um palácio. A mulher é vista como um ser inatingível, uma figura idealizada, a quem é dedicado um amor sublimado, idealizado.
Cantigas de Amigo
As cantigas de amigo foram criadas a partir do sentimento popular. Apesar de serem escritas em primeira pessoa como as cantigas de amor, as de amigo apresentam um diferencial: o eu - poético é feminino, apesar de ser escrito por homens. A mulher sofre por se ver separada do amante ou namorada e vive angustiada por não saber se o homem amado voltará ou não, ou se a trocará por outra. O ambiente usado como pano de fundo é a zona rural, ou seja, a mulher é sempre uma camponesa.
As cantigas de escárnio e maldizer constituem um gênero de poesia da Idade Média. Fazem parte do período literário chamado Trovadorismo, que em Portugal encontrou expressão entre os anos de 1189 (ou 1198?) e 1350. Foram escritas, assim como todos os textos populares da época, em galego-português.
A principal característica dessas cantigas é a crítica ou sátira dirigida a uma pessoa real, que era alguém próximo ou do mesmo círculo social do trovador. Apresentam grande interesse histórico, pois são verdadeiros relatos dos costumes e vícios, principalmente da corte, mas também dos próprios jograis e trovadores.