Humanismo
A relação Eu-Tu é necessário para a realização da condição de pessoa. A relação Eu-Tu é integrativa e afirma a pessoa em sua totalidade: a palavra princípio Eu-Tu somente pode ser dita com a totalidade do ser.
A relação Eu-Tu tem as qualidades de proximidade e franqueza, presença e mutualidade. É um voltar-se para o outro plenamente, de corpo inteiro, uma entrega ao “entre”, com confiança nele. A relação Eu-Tu é considerada não como uma dimensão do self, mas como a realidade existencial e ontológica na qual o self passa a existir e pela qual ele se realiza e se torna autêntico. Quando duas pessoas se rendem ao entre – chamado de confiança existencial – emerge a possibilidade da relação Eu-Tu.
02. Fundamentalmente, em que consiste o diálogo para Buber?
Essencialmente, a relação Eu-Tu, ou diálogo, pode ser considerada como uma forma específica do processo de contato entre duas pessoas, por meio da qual cada pessoa realiza sua humanidade distinta mais completamente. A humanidade de uma pessoa somente se manifesta numa relação dialógica com os outros: ela surge da self-awareness e exige uma característica unicamente humana. Essa forma específica de contato requer a presença de certos elementos do inter-humano para que o diálogo ocorra. Esses elementos – presença, comunicação genuína e sem reservas, inclusão e confirmação.
03. Como Buber caracteriza o diálogo genuíno (os elementos do inter-humano)?
Buber afirma que para que o diálogo ocorra, certos elementos do inter-humano devem estar presentes. Os elementos do que Buber chama de “diálogo genuíno” (o processo Eu-Tu) são:
1) a presença, 2) uma cominicação genuína e sem reservas e 3) a inclusão. Na terapia, essas condições se tornam pré-requisitos para a relação dialógica