humanidades
Desde o século XVII, quando a racionalidade das ciências naturais - que passou a ser utilizada de forma prática pela nascente burguesia, que, além do comércio, dava seus primeiros passos rumo à industrialização - vinham obtendo crescente reconhecimento como instrumentos de compreensão da natureza e meio para se atingir a "verdade", com sua capacidade para "desvendar" as leis naturais do mundo físico e, posteriormente, até mesmo do social, garantindo previsão e controle dos acontecimentos (ao menos, dos acontecimentos naturais em laboratório), que a aura de sacralidade, de dogma e de verdade vinha sendo transferida da religião para a Ciência, que não mais era vista como uma das formas de saber, mas a única possibilidade eficaz de se atingir "a verdade", abolindo as crenças religiosas e/ou relativizando saberes outros, como a filosofia e a ética, já estabelecendo por conseqüência lógica que outras culturas, não ocidentais e não "científicas" eram subculturas - o que era, sem dúvida, um excelente pretexto para que a Europa "civilizada" pudesse colonizar e impor seu sistema, visão de mundo e interesses em outros povos que, em troca, seriam explorados em seus recursos naturais e humanos e se submeteria aos ditames dos "esclarecidos" europeus.
Vivemos numa época cuja principal característica está na divisão de tudo: desde a divisão de classes sociais (Hoje em dia ainda mais reforçada no chamado darwinismo social, até a divisão, algumas delas