Humanidades
Em seu artigo “Exclusão Digital: Algumas Reflexões”, o Profº Dr. João Pedro Albino, tem o intuito de “apresentar e discutir alguns aspectos da exclusão digital, procurando contextualizá-la no Brasil e apresentar seus aspectos mais importantes”.
“Atualmente vivemos no mundo da Sociedade da Informação, cuja principal conseqüência é a explosão informacional, caracterizada, sobretudo pela aceleração dos processos de produção e de difusão massiva de informação e do conhecimento. [...] Culturas e identidades coletivas são uma conseqüência dessa nova era”. É de se pensar, de acordo com o autor, que a sociedade como um todo passa por um processo de padronização de culturas e costumes.
O autor, citando Marcos Araújo, aponta para o fato de serem alguns cientistas entusiastas do uso cada vez mais intenso das novas tecnologias de informação. Entre eles, o sociólogo Manuels Castel, que defende o lado positivo do papel das novas tecnologias de informação na geração do conhecimento as quais beneficiam, sobretudo, a área da educação, ampliando “a capacidade das pessoas de progredir em seus conhecimentos, criar riqueza e utilizá-la mais sabiamente que as gerações anteriores”; e, o filósofo Pierre Levy, que “ressalta a interação entre as novas tecnologias da informação e a educação e constata o papel das novas tecnologias intelectuais [...] que acabam por aumentar o potencial de inteligência coletiva humana”.
Poderíamos assim, neste contexto, concluir que a nova economia da informação viria ao mundo “como um novo modo de evitar a exclusão social e para dar oportunidades aos menos favorecidos, uma vez que, pelo uso dos computadores e da internet, todos poderiam ter direito ao livre acesso à informação”. Porém, nos esclarece Albino, dados de pesquisas recentes realizadas por instituições de pesquisa, como o Ipsos Public Affairs e o IBGE revelam uma outra face da realidade brasileira apontando para a “gravidade da