HUMANIDADE E TRANSC OS SIMBOLOS DA AUSENCIA
Aluna: Hellen Dantas
Humanidade e Transcedência
Reflexão sobre o capítulo II do livro “O que é religião” de Rubens Alves
Recife
2015
Os símbolos da ausência
Rubens Alves inicia sua reflexão abordando sobre a diferença biológica e histórica entre o ser humano e os animais. Quando nasce um animal, ele nasce já com sua vida determinada, suas presas, sua habitação, sua alimentação pré-definidas. O homem é diferente, ao nascer, pode-se perceber algumas de suas características, mas estas dizem tão pouco do caminho que ele irá seguir. Os gostos, as emoções, a história, as ideologias, as escolhas na vida, entre tantas outras coisas, não são definidas apenas por o homem ser homem. Porém, essa incerteza do que há por vir, a incerteza do futuro, gera angústia.
“As criancinhas continuam a ser geradas e a nascer, na maioria das vezes perfeitas, sem que os pais e as mães saibam o que está ocorrendo lá dentro doventre da mulher. E é igualmente a programação biológica que controla os hormônios, a pressão arterial, o bater do coração... De fato, a programação biológica continua a operar. Mas ela diz muito pouco, se é que diz alguma coisa, acerca daquilo que iremos fazer por este mundo afora. O mundo humano, que é feito com trabalho e amor, é uma página em branco na sabedoria que nossos corpos herdaram de nossos antepassados.” (pg.7)
O homem se recusou a aceitar a “pré-determinação” da sua vida. Não se declarou satisfeito pelo que a natureza lhe oferecia e foi além.
“É necessário reconhecer que toda a nossa vida cotidiana se baseia numa permanente negação dos imperativos imediatos do corpo. Os impulsos sexuais, os gostos alimentares, a sensibilidade olfativa, o ritmo biológico de acordar/adormecer deixaram há muito de ser expressões naturais do corpo porque o corpo, ele mesmo, foi transformado de entidade da natureza em criação da cultura.” (pg. 7)
Sem educação, não existe cultura. A cultura é um processo passado por