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6167 palavras 25 páginas
A educação brasileira tem convivido intensamente com o Construtivismo piagetiano desde a década de 70 (VASCONCELOS, 1997) e, pela segunda vez, esta tem sido a principal abordagem teórica que fundamenta as diretrizes e medidas oficiais na área educacional.
Cabe lembrar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que começou a vigorar em 1971 (LDB 5692/71) em grande parte assentava-se na teoria piagetiana dos estádios de desenvolvimento cognitivo, ao propor como categorias curriculares Atividades, Áreas de Estudos e Disciplinas, destinada cada qual a um nível de ensino distinto. No entanto, desde essa época, a tentativa de “aplicar Piaget” na elaboração de categorias curriculares apresentava nitidamente um desvirtuamento das idéias piagetianas. A categoria Atividades, por exemplo, era proposta como a mais adequada ao período Operacional Concreto; além disso, era visível a confusão entre atividade e ação material e entre os conceitos de intuitivo e concreto, quando se sabe que a noção de atividade para Piaget não se reduz a um período determinado, nem se confunde com manipulação física.
Mais recentemente, os Parâmetros Curriculares Nacionais também expõem certas idéias pretensamente fundamentadas na teoria piagetiana (CARVALHO, 2001;
SILVA, 1998).
Não são raros os trabalhos produzidos sobre o chamado “construtivismo educacional” ou sobre tentativas de “aplicação de Piaget” (BANKS LEITE, 1993;
FOSNOT, 1998). Em artigo significativo a respeito das tentativas de ligar Piaget à
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educação, o pesquisador espanhol César Coll (COLL, 1987), que defende a tendência construtivista, descreve essas tentativas, acrescentando algumas críticas pertinentes à inviabilidade de se “aplicar Piaget” de forma mecânica. Houve quem propusesse essa aplicação, por exemplo, no estabelecimento de objetivos educacionais, na eleição de noções operatórias como conteúdos da educação escolar, na ordenação de conteúdos e na avaliação intelectual dos alunos, entre

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