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Os [...] viam o mundo dotado de uma ordem e estrutura natural que governava os cosmos e que regia todos os acontecimentos, na qual todo o ser adquiria sentido. À filosofia e à ciência cabia buscar essa ordem, apreendê-la, compreendê-la e demonstrá-la. [...] Na ciência [...], portanto, não se dá destaque ao processo de descoberta. Havia um processo de demonstração, de justificação dos princípios universais. Conhecimento científico era o demonstrado como certo e necessário através dos argumentos lógicos. O valor de uma explicação estava no seu poder argumentativo que justificava sua aceitação e plausibilidade. [...]. A ciência [...] era uma ciência do discurso, em que não havia o tratamento do problema que desencadeia a investigação, e sim a demonstração da verdade racional no plano sintático.
Fonte: KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
Texto 2
A Ciência Galileana precisou, para emergir, destruir a concepção de mundo, o cosmos, herdado do Aristotelismo. Giordano Bruno e Nicolau Copérnico minaram as bases deste cosmos, que Galileo e Newton substituíram por um espaço infinito, isotrópico e homogêneo. Além disso, mudou também a forma de produzir os conhecimentos. Galileo busca entender o mundo real através da Experimentação e da Matemática. Com ele, toma corpo uma maneira de se fazer Ciência em que a linguagem matemática se adéqua ao estudo dos fenômenos físicos e a experiência matematicamente controlada é usada como critério de veracidade. A matematização da experiência vai apontar a diferença entre o