Hong Kong
No paraíso do livre comércio de Hong Kong, toda a terra pertencia à Coroa Britânica e o governo não a vendia, mas a arrendava por um determinado período de tempo, em um mercado de terras inteiramente manipulado pelo controle governamental para aumentar a receita pública. Essa política agrária também permitiu que o governo subsidiasse os projetos habitacionais, bem como desenvolvesse projetos industriais urbanos e “fábricas em apartamentos” que desempenharam um papel importantíssimo.
Durante os anos cruciais da decolagem econômica (1949-1980), enquanto o PIB cresceu 13 vezes, os gastos públicos reais aumentaram 26 vezes e os investimentos públicos em programas sociais cresceram de forma impressionante.
As exportações concentram-se ao longo do tempo nos mesmos poucos setores — têxteis, vestuário, calçados, plásticos, produtos eletrônicos para o consumo.
O mais fundamental foi à flexibilidade dos fabricantes de Hong Kong para se adaptarem de maneira rápida e efetiva à demanda dos mercados mundiais nas mesmas indústrias. Assim, flexibilidade das indústrias e preços competitivos com base em custos de produção relativamente baixos foram os principais fatores para a explicação do crescimento de Hong Kong.
O sistema de habitação popular e o tipo específico de Estado do bem-estar social surgidos em Hong Kong subsidiaram os trabalhadores e permitiram que eles trabalhassem muitas horas sem fazer tanta pressão sobre os empregadores, a maioria deles com pequena margem para suportar aumentos de salários.
Após a assinatura do acordo sino-britânico de 1984, sobre a transferência de soberania no ano histórico