Homossexualidade humana: estudos na área da biologia e da psicologia
A homossexualidade é definida como a preferência sexual do indivíduos do mesmo sexo. Entretanto, este conceito é um tanto vago, já que o termo “preferência” pode conotar a tendência a escolher, optar, e acaba não incluindo os processos biológicos e psicoculturais que podem determinar esta “escolha”.
O primeiro grande estudo estatístico sobre a homossexualidade foi realizado pelo zoólogo e sexólogo americano Alfred Kinsey entre 1948 – 1953 e estabeleceu um marco no estudo do fenômeno com a então chamada escala Kinsey. O método empregado pelo pesquisador descarta como premissa à exclusividade da preferencia homossexual e heterossexual e toma a orientação exclusiva para uma ou outra tendencia como comportamento situado num dos extremos de uma escala gradativa de possibilidades, que leva em conta fantasias e quantidades de relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo e entre sexo oposto.
Em 1971, a Associação Americana de Psiquiatria removeu a homossexualidade da lista de desordens mentais, recusando-se a continuar considerando os homossexuais como diferentes ou passiveis de correção. Em 1975 a Associação Americana de Psicologia já tinha situado a homossexualidade dentro das orientações sexuais e não entre distúrbios e doenças psicológicas. O mesmo aconteceu com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que também passou a não considerar a homossexualidade como uma doença a partir de 1986.
Em 1999 foi promulgada a resolução 001, que estabeleceu aos psicólogos normas de atuação em relação as orientações sexuais, especificando que a homossexualidade não era considerada uma doença, nem distúrbios e os psicólogos não poderiam trabalhar em propostas de tratamento e de cura da mesma ( Lacerda & Camino, 2002).
No inicio do seculo XIX o termo “sexualidade” passa a ser utilizado, como resultado do avanço cientifico na área (Foucault, 1984/1994).Segundo Hekma (1995), com o crescimento das pesquisas no