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HOMEM MODERNO ...
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TRECHOS DO TEXTO: “AS INQUIETAÇÕES DA MODERNIDADE”
AS INQUIETAÇÕES DA MODERNIDADE
Maria Suely Paula da Silva
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
“Lugar de ser feliz não é supermercado”.
A frase retirada da música “Piercing”, do compositor Zeca Baleiro, nos faz refletir. Retrata quanto o consumismo assola a humanidade nos tempos atuais, tempos modernos, (ou pós-moderno?), cheios de incertezas, riscos, desesperanças, é o que observamos no dia-a-dia, nas conversas com os amigos, nas notícias veiculadas pela mídia, nas atitudes das pessoas. Que tempos são esses? Tempos angustiantes, sem projetos, sem crenças, sem horizontes? A angústia sem dúvida é inerente ao ser humano, mas certamente é fomentada e potencializada pelas condições socioeconômicas da atualidade. Hoje o panorama social favorece a eclosão de padecimentos mais difusos, menos centrados em sintomas claramente identificáveis, mas ligados à sensação de que “a vida não dá certo”. A angústia se expressa de muitas maneiras, uma das quais é a sensação de desamparo e de desorientação diante das exigências da vida. É muito comum vivenciarmos uma dolorosa sensação de impotência, advinda da perda de parâmetros e da fragmentação da experiência cotidiana em segmentos que não se comunicam nem formam um todo coerente.
O indivíduo tende a sentir-se confuso diante da velocidade com que o seu mundo se modifica, que torna nebulosa sua própria inserção nele e faz evaporar todas as certezas. A vivência da perda associa-se, assim, àà proliferação de apelos ao consumo e ao sucesso. Estamos vivendo uma cultura de consumo generalizada, a qual faz com que os indivíduos, mesmo angustiados, perplexos e inseguros, estejam mais interessados em “Escolher entre um Citröen e um Renalt, ou entre os produtos de Estée Lauder e os de Helena Rubisntein” (CASTORIADIS apud SOARES, 1999), do que com sua condição de Ser e Estar-no-mundo.
A época em que vivemos, chamada por