Homem libélula

Homem Libélula em “Hotel do Terror”
(Cena 01)
- Como eu ia dizendo, a estadia do hotel esta uma pechincha. Vocês podem solicitar nossos serviços a qualquer momento e não serão incomodados. – Comenta o recepcionista do hotel.
- A menos que tenha um incêndio. – Conclui o empregado do hotel.
O recepcionista concorda e prossegue – Isso, vocês não serão incomodados a menos que haja um incêndio, claro.
- E um terremoto.
Mais uma vez o recepcionista concorda. – É verdade, um terremoto também.
- E um furacão.
- Esta bem, Jorginho. Acho que já entenderam...
- E uma tsunami, um apocalipse zumbi ou algo...
- Chega! Já basta!
- Nossa, mas se esse hotel corre esses riscos faz todo sentido estar com esse preço! – Falam o casal, apavorados.
- Ah, ele esta brincando. É um brincalhão esse menino... Não é?
- Sim, só pra descontrair, hihi. – O homem da uma risada sem graça.
- Não corre risco de nada, é super seguro. Eu garanto! Vejam só a bela vista que maravilha e... – Alfredo abre a cortina e através da janela nota o tempo fechado, com nuvens negras e uma chuva forte. – Bom, não é uma coisa que se diga “minha nossa, que bela paisagem, parece até a Disneylândia”... Mas dá pro gasto, né? Haha’’
- Bom, de qualquer modo só o não queremos ser incomodados e ficarmos em segurança. – Diz o homem.
- Ah, fiquem tranquilos quanto a isso... Se quiser até posso ficar de vigia na porta do quarto 306 que é onde vão ficar, só que isso requer uma taxa extra né?
- Deus me livre. Não quero pagar para ainda levar susto!
Alfredo olha para a câmera e suspende as duas sobrancelhas – O que será que ela quis dizer?
- Bom, vamos subindo então. Obrigado. Até mais.
- Até! – Diz Alfredo, acenando.
- Até! – Jorginho faz o mesmo. Alfredo encara o empregado – O que esta fazendo? As malas!
- Ai, é verdade. Olha, estão esquecendo as malas ali e... – Aponta.
Alfredo empurra o empregado – Para de ser preguiçoso e leve essas malas até o 306!
- Ai, já vou... Já vou.
Os três sobem pelo